Volume 3, Número 2

Esta é a mais especial Rabisco que jamais será feita, esta Revista é feita da tristeza da despedida e, ao mesmo tempo, do contentamento da possibilidade de reunir histórias e memórias para serem compartilhadas sobre o Brincar de José Outeiral.. Como o próprio Outeiral nos ensinou “a vida é uma ficção a partir dos fatos”. Cada um de nós, comissão editorial, leitores, amigos, alunos de José Outeiral têm a sua própria memória em relação a ele, mas também existem alguns fatos inegáveis… Tivemos a oportunidade de estar próximos de um dos maiores profissionais e indivíduos que transitaram pela psicanálise. Alguém que transitou e transicionalizou, cruzou o Brasil, a América Latina, “uniu pontas”, aproximou pessoas, potencializou espaços, encontrou possibilidades onde ninguém via. O brincar do visionário e agregador. José Outeiral tinha uma capacidade muito particular, algo que podemos chamar de “generosidade criativa”: ele não apenas reconhecia potencialidades e abria espaços, como também criava espaços para a construção destes potenciais. Ele percebia possibilidades nos seus amigos, alunos e colegas, que nasciam quase como uma ilusão, mas seu gesto espontâneo originava algo no mundo objetivo, que fazia da ilusão inicial uma criação. Próximos dele, todos se tornavam, subjetivamente e objetivamente, mais criativos! O brincar do criativo e generoso.

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Esta é a mais especial Rabisco que jamais será feita, esta Revista é feita da tristeza da despedida e, ao mesmo tempo, do contentamento da possibilidade de reunir histórias e memórias para serem compartilhadas sobre o Brincar de José Outeiral.. Como o próprio Outeiral nos ensinou “a vida é uma ficção a partir dos fatos”. Cada um de nós, comissão editorial, leitores, amigos, alunos de José Outeiral têm a sua própria memória em relação a ele, mas também existem alguns fatos inegáveis… Tivemos a oportunidade de estar próximos de um dos maiores profissionais e indivíduos que transitaram pela psicanálise. Alguém que transitou e transicionalizou, cruzou o Brasil, a América Latina, “uniu pontas”, aproximou pessoas, potencializou espaços, encontrou possibilidades onde ninguém via. O brincar do visionário e agregador. José Outeiral tinha uma capacidade muito particular, algo que podemos chamar de “generosidade criativa”: ele não apenas reconhecia potencialidades e abria espaços, como também criava espaços para a construção destes potenciais. Ele percebia possibilidades nos seus amigos, alunos e colegas, que nasciam quase como uma ilusão, mas seu gesto espontâneo originava algo no mundo objetivo, que fazia da ilusão inicial uma criação. Próximos dele, todos se tornavam, subjetivamente e objetivamente, mais criativos! O brincar do criativo e generoso.